Entenda o cenário brasileiro para cursar medicina
No cenário brasileiro, a disputa para entrar na faculdade de medicina é enorme. De acordo com uma pesquisa realizada pela Comissão do Vestibular Unificado (CVU) da Universidade Estadual de Maringá, em 2023, a média para a concorrência universal no curso de medicina foi de 843,33 candidatos por vaga.
Isso quer dizer que o sistema de seleção não conta com vagas suficientes para todos os interessados e é tão rigoroso que muitos estudantes passam anos se preparando somente para o vestibular.
No entanto, essa dificuldade não é a mesma em outros países. Na Argentina, por exemplo, é possível receber um ensino de qualidade para se tornar um médico, sem muitos gastos e de fácil acesso.
No modelo argentino, o mesmo que é usado em muitas universidades europeias, não existe a preocupação com concorrência e com o número limitado de vagas. Na verdade, basta se inscrever na faculdade e enviar toda a documentação para garantir a sua vaga.
O que é Revalida?
Como você pôde perceber, ingressar em uma universidade estrangeira, como é o caso da Argentina, pode ser uma oportunidade única para que muitos brasileiros realizem o sonho de ser médico.
Mas para atuar no Brasil, após se formar, é necessário ser aprovado no Revalida. O Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) foi criado no Brasil em 2011 para regularizar o diploma de medicina.
Isso significa que a prova serve para certificar que o profissional que se formou no exterior tem conhecimentos equivalentes aos que se graduaram no Brasil.
Como funciona a prova?
A prova é aplicada em duas etapas, sendo elas: um exame teórico e um prático. A parte teórica acontece em duas partes, mas ambas são realizadas no mesmo dia.
Durante a manhã, a prova tem 100 questões objetivas. Já no período da tarde, são cinco questões dissertativas.
Os candidatos devem acertar ao menos 63 de 100 pontos na prova objetiva e 29 de 50 na discursiva para serem aprovados no exame teórico.
Na avaliação prática, segunda parte do exame, atores se passam por pacientes e os candidatos precisam fazer dez entrevistas e dar um diagnóstico inicial das doenças.
